Afinal, de quem é a culpa?

Logo depois da publicação do meu texto na semana passada, ouvi diversos amigos que considero importantes na minha caminhada, sobre o conteúdo dele. Desenvolvi uma temática que cada um abordou e percebi que uma “hashtag” monopolizou suas respectivas avaliações. E então, resolvi escrever esse texto baseada nela.

Logo no início da história da humanidade, Adão culpou Eva. Os fariseus culparam Jesus Cristo. Os árabes culpam os americanos e esses, culpam o Islã. Os ingleses, interessados no domínio, culpam os franceses. Os franceses aprenderam a culpar os chineses depois que a China despontou no mercado. Os brasileiros sempre culpam os políticos. Esses, por sua vez, culpam o sistema que culpa o domínio eclesiástico. O povo culpa sem piedade alguma a igreja. E então?! A quem pertence essa culpa?

Desde que o mundo é mundo, as pessoas tentam procurar responsáveis pela culpa. Ou melhor, tentam empurrar a responsabilidade pra outro, desde que esse outro esteja longe. E é por isso que escrevo esse texto; pra dizer que a culpa não é de X ou Y. A sociedade e a igreja só estão erradas porque são compostas de seres humanos. E ninguém é perfeito.

É muito fácil acusar a igreja. Mais fácil ainda é dizer que o problema é a sociedade... Aliás, essas duas colocações fazem muito sentido, já que os dois elementos acima são protagonistas de situações esdrúxulas ao longo da história, mas, a forma como ambas se comportam atualmente é simplesmente um reflexo de algo muito mais complexo: o caráter. Ou a falta dele.

Se estou na Igreja e vivo na Sociedade, logo, a culpa também é minha. Se eu digo que a igreja não faz nada, estou dizendo que eu não faço nada. Porque a igreja sou eu. Se digo que não há mais jeito para a sociedade, me incluo nessa. Afinal, as instituições são feitas de pessoas e não o contrário. Aliás, todas as tentativas de fazer o contrário deram errado.

É muito fácil falar que a igreja não se importa com o mundo. Mas e você, se importa? Você é capaz de deixar de comprar a última moda pra comprar um cobertor para um morador de rua? Você consegue tratar qualquer pessoa sem nenhuma acepção? Confesso: eu ainda não.
Você cumpre as regras do seu prédio? Paga suas contas em dia? Fala sempre a verdade? Já tentou se dar bem sob alguém? ...

Você, eu. Somos tão egocêntricos! Achamos que o mundo se resume exclusivamente aos nossos pontos de vista!

Tenho aprendido que não devo olhar a falha do outro, antes, a minha. Tenho tentado não expor o erro do meu próximo, antes, oferecer uma segunda chance e voltar admirá-lo. Aprendi a pedir perdão, mesmo que eu tenha a certeza de ter sido injustiçada. Tenho tentado não mentir, mesmo que isso me prejudique. Tudo porque é isso que espero da igreja. E da sociedade.

Precisamos entender que a mudança precisa acontecer em cada um de nós, individualmente, ao invés de esperarmos do outro. Quero que comece em mim a mudança. Não quero ser um referencial de perfeição, antes, de tentativa. E espero isso pra igreja e a sociedade, afinal, se sou parte delas, assim me torno. E tudo isso porque aprendi que minhas críticas só têm o poder de matar, mas a atitude pode gerar vida. E então sim, começamos a falar sobre cristianismo em sua essência.

Com uma outra visão,
mas com #JESUSsempre!
Abraços e boa segunda!
@Brunavichi
Fonte: JUVENTUDE NA ROCHA.com

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